Como a dança do sol sobre as flores ao passos lentos da brisa mansa, dedico aos viajantes das madrugadas literárias, palavras extraídas dos garimpos da imaginação.
A morte como chuva que retorna ao rio como areia que percorre o mundo sem importância morte sem ser nem existir sem fome, orgulho deixando seu rastro de bigorna rastro de forca rastro de alivio sons, suja, digna a morte em palavras nos braços cruzados a morte surda presente na vida
As folhas de ventos das mãos do poeta com a memoria de museu de entulhos sementes da imaginação regada com labor tratando de sua plantação as fotos do vento, do cheiro das palavras adubando a areia branca cria o polém cinza do grafite poema um dia proferido em solidão nunca escrito com sangue não retorna ao ar