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Mostrando postagens de junho 8, 2014

Procurando a Poesia

andei procurando a poesia sem sinal de partida ou a pressa da chegada levantei o pano do tempo e a poesia baforou como poeira em mim e me apanhou de surpresa como sol talhando risos no ar numa coruja que serenava minhas noites seca como um gole de pedra num canto cortando o vento encanto de trovão no mar a beira como casal a beira amar a poesia continuava na reticência a chuva também cortava o vento e o tempo o pálido tempo sem horas continua no nunca poesia como corte certeiro da faca torta como carinho na rocha que sofria de tempo poesia na parede que segurava um troféu e maquiava-se de pinturas uma girafa de ponta cabeça contemplando as alturas num gira-sol cravado ao chão as palavras escorriam pelos meus dedos como uma sombra sega eu continuava procurando a poesia

Jazz

O cancioneiro palpitava de alegria retirando das cordas mudas compassos da criação o mundo iniciado nas notas sopradas ao vento transfiguradas nas cordas de uma guitarra, sinestésicas linhas que brotavam imagem som e cor durante a fobia dos corpos de ficarem parados emitindo em percussão dos passos tocando o chão numa onomatopéia ritmada, seguia-lhe um saxofone em agudez como sono de uma criança, tão profundo, em seu repertório canônico improvisava torrentes de loucuras salpicava frenesi a música soprada cravada transdizia o que sonhava, complemento de orquestra, um pico de som na veia o salão comológico constelação dançante o vento por'entre as saias e cortes no ar rarefeito, transpirações, corpos retorcidos do sul ao leste como cobras em chamas, bateria ríspida militar marcava o encontro dos frenéticos como sinal de trânsito atenção pare siga a todo vapor na estrada para o inferno beslicava a pulsação do coração mostrava a força e a liberdade, gira, lança espicha capricha, er