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Mostrando postagens de junho, 2014

Amoreira

amor de amora lá do pé roxo doce de teu fruto que penhor me dava doce de lambuzar que se comia e todo roxo ficava visita sempre roubava a sombra que jazia de ti como iluminuras do sol que penetrando as folhas iluminam amoreira amorava uma negra no pé me refazia suave de teu leite lia poemas para teu brilho e tomava mel de tua raiz

Caminhos

Povoado de pássaros me vagueiam as veias como papel colorido pintando de arco um cubico de azul pintado o tempo água e céu a pedra no meio do caminho só precisa de seu estado estado de pedra viveu vários pássaros mas não os que habitam-me batem asas esticando o vento e meu tempo continha pálido somente a bruma olhando uma poça espelhada imprimia o céu do auto no chão rasteiro, molhado os pássaros e as pedras seguem a sina de vagar banhadas de ventos sem outros caminhos

Procurando a Poesia

andei procurando a poesia sem sinal de partida ou a pressa da chegada levantei o pano do tempo e a poesia baforou como poeira em mim e me apanhou de surpresa como sol talhando risos no ar numa coruja que serenava minhas noites seca como um gole de pedra num canto cortando o vento encanto de trovão no mar a beira como casal a beira amar a poesia continuava na reticência a chuva também cortava o vento e o tempo o pálido tempo sem horas continua no nunca poesia como corte certeiro da faca torta como carinho na rocha que sofria de tempo poesia na parede que segurava um troféu e maquiava-se de pinturas uma girafa de ponta cabeça contemplando as alturas num gira-sol cravado ao chão as palavras escorriam pelos meus dedos como uma sombra sega eu continuava procurando a poesia

Jazz

O cancioneiro palpitava de alegria retirando das cordas mudas compassos da criação o mundo iniciado nas notas sopradas ao vento transfiguradas nas cordas de uma guitarra, sinestésicas linhas que brotavam imagem som e cor durante a fobia dos corpos de ficarem parados emitindo em percussão dos passos tocando o chão numa onomatopéia ritmada, seguia-lhe um saxofone em agudez como sono de uma criança, tão profundo, em seu repertório canônico improvisava torrentes de loucuras salpicava frenesi a música soprada cravada transdizia o que sonhava, complemento de orquestra, um pico de som na veia o salão comológico constelação dançante o vento por'entre as saias e cortes no ar rarefeito, transpirações, corpos retorcidos do sul ao leste como cobras em chamas, bateria ríspida militar marcava o encontro dos frenéticos como sinal de trânsito atenção pare siga a todo vapor na estrada para o inferno beslicava a pulsação do coração mostrava a força e a liberdade, gira, lança espicha capricha, er

Chuva Passageira

A chuva passageira levou meu amor meu afago poeira e rastro de passado levou meu insólito dia visto da janela ofuscadas de gotas querendo entrar para acariciar-me a chuva passou cantando o presente a chuva levou minhas saudades umas vinte léguas dormi em leito quente ouvindo sua música lenta despediu-se num adeus sorridente colorido quando fugida a acalentar os anjos