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O Par

Uma mulher poente ao sol que ilumina seu dançar. Um homem que se alicerça como uma lua refletindo seu brilho inexorável, levemente sopra suas mãos pareando os movimentos da donzela, agudamente remete-se a aparar em rodopios a luz da rainha dos condenados amortecida pelo servo sem cor, ajoelhado-estático-esférico pilar suplantando na ausência do ser reticências que não explicam, glorificam a mundana que estremece os astros. Como se o tambor e a flauta entoassem cantigas de ninar, suavemente em seu doço tomando conta da plasticidade de um vago caminho que a bailarina tem seu dever de preenchê-lo com vento e luz sombra e cheiro.
Na dança nunca indagado por quão forte seja o homem não se reprime em deixar a mulher tomar conta do espetáculo pela leveza duma quimera, o guiso da natureza, as chamas de uma tocha, imponente ser encantador de templos, majestosa AVE de ser, implacável senhora do destino.

Na dança saber quão fraco és o homem pelo sexo que o atrai , no ronco do espírito majestoso, vive prudente em movimentos de complacência.

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Estradas noturnas te dão o blues

Estradas noturnas te dão blues Sabe aquelas casas que ficam sozinhas nas estradas? Algumas com as luzes acesas? Há algo de blues nelas. Pensei nisso e também em como não temos um estilo musical somente triste. Temos os que falam de amor, mas nunca de toda a filosofia da vida simples e sofrida Aquelas casas nas beiras de estradas são tão solitárias que passamos e as vezes nem as percebemos. As luzes acesas quando a noite cai são contrastes com a penumbra do caminho que parece um buraco sem fim, um túnel que passa o tempo enquanto não amanhece.  Pelas janelas dos ônibus se veem esses casebres por que uma luz pequena os cobre como um vestido de boneca. Lá estão cadeiras velhas na varanda, as portas às vezes fechadas, um cachorro deitado sem se incomodar com o barulho daquele monte de ferro motorizado.  As casas solitárias tem um ar de blues. Exalam solidão e até mesmo tempos difíceis, quando de tão velhas; além de suas cadeiras, estão em estado de caducidade, os cachorros magros e cabisba