Uma mulher poente ao
sol que ilumina seu dançar. Um homem que se alicerça como uma lua
refletindo seu brilho inexorável, levemente sopra suas mãos
pareando os movimentos da donzela, agudamente remete-se a aparar em
rodopios a luz da rainha dos condenados amortecida pelo servo sem
cor, ajoelhado-estático-esférico pilar suplantando na ausência do
ser reticências que não explicam, glorificam a mundana que
estremece os astros. Como se o tambor e a flauta entoassem cantigas
de ninar, suavemente em seu doço tomando conta da plasticidade de um
vago caminho que a bailarina tem seu dever de preenchê-lo com vento e
luz sombra e cheiro.
Na dança nunca indagado por
quão forte seja o homem não se reprime em deixar a mulher tomar
conta do espetáculo pela leveza duma quimera, o guiso da natureza,
as chamas de uma tocha, imponente ser encantador de templos,
majestosa AVE de ser, implacável senhora do destino.
Na dança saber quão fraco
és o homem pelo sexo que o atrai , no ronco do espírito majestoso,
vive prudente em movimentos de complacência.
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