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Que de dia se estia um azul. quando chove se estia um vermelho. O mar se estia de azul que de dia clareia que de noite se estia sombrio. A tanto azul dentro do mar. As cidades se estendem de ruas, que de dia se estiam de sol e sombras. As ruas paradas, passageiras, carregam pés, que de dia se estendem nos nossos pesos, que a noite descansam em pé. Uma pedra é cheia de cinza e solidão. Uma porta é cheia de casa e pessoas, passados. as palavras são cheias de sem noção, que de dia invertem as coisas pra nadar contra corrente, que de noite ressoa pra fazer dormir. A tanta coisa nas coisas que elas ficam estendidas. Da janela estendida na parede o poeta caminha seu olhar para a cidade.

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Estradas noturnas te dão o blues

Estradas noturnas te dão blues Sabe aquelas casas que ficam sozinhas nas estradas? Algumas com as luzes acesas? Há algo de blues nelas. Pensei nisso e também em como não temos um estilo musical somente triste. Temos os que falam de amor, mas nunca de toda a filosofia da vida simples e sofrida Aquelas casas nas beiras de estradas são tão solitárias que passamos e as vezes nem as percebemos. As luzes acesas quando a noite cai são contrastes com a penumbra do caminho que parece um buraco sem fim, um túnel que passa o tempo enquanto não amanhece.  Pelas janelas dos ônibus se veem esses casebres por que uma luz pequena os cobre como um vestido de boneca. Lá estão cadeiras velhas na varanda, as portas às vezes fechadas, um cachorro deitado sem se incomodar com o barulho daquele monte de ferro motorizado.  As casas solitárias tem um ar de blues. Exalam solidão e até mesmo tempos difíceis, quando de tão velhas; além de suas cadeiras, estão em estado de caducidade, os cachorros magros e cabisba