Imagem: Caspar David Friedrich, de 1822.
Existe prazer na
matas densas
Existe êxtase na costa deserta
Existe convivência sem que haja
intromissão
no mar profundo e música em seu ruído.
Ao homem não amo pouco, porém muito a
natureza
Lord Byron
Quero ser parte da relva
Desconhecido pela brisa que passa
Ser parte do mar e navegar profundo
Constante como o vento de todas as estações
Aquele que roda o mundo
Diminui o ritmo para ver a chegada do verão
Passeia na neve do inverno sem tremer de frio
Permeia ruas barulhentas sem se incomodar
Quero ser como o voo azul das aves
Pintando de aquarela um lago luminoso
O brilho que soa orquestra
Uma árvore que dá balanços sem crianças
Uma gota d'água e finalmente descer a cachoeira
Um raio de sol já na atmosfera
Tocando a superfície fina e dura de uma rocha
Como um carinho
Queria ser campo, deitado, sem finalidade
Queria ser chão melado do amarelo de mangas caídas
Quase tudo que é belo ainda está livre das mãos
Pedaços de vidro como a imagem do céu
Nuvens que cuidam do vento
Ventos que cuidam das águas
Águas que dormem na terra
A terra que habita espíritos
Espíritos que suportam os corpos
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