Imagem: Autor desconhecido
"Musa eu sou seu museu aberto pra visitação"
Chico
A noite fria ensina de marasmo a pensar. Ficar
parado esperando o véu meio azul-escuro, meio preto, descer à temperatura do
sol e o céu ir fininho de lado como uma concha dormindo depois de foder.
O fel desenrolado debaixo dos corpos em chamas
sem fumaça, sem brasa. O véu por debaixo da cama, caído como os demônios, como
a decência, que se foda! Caído como a consciência.
No escuro quando as roupas e a lucidez não
fazem sentido ninguém quer a visão de volta, a audição do corpo molhado por
dentro e por fora, as bocas se pegando, pegando as tetas, babando o colo,
comendo o pescoço, famintas!
Quando a rua se cala, a lua se despe, o vento
assobia lá fora, gatos safados descem bêbados do telhado no quarto, no chão, no
sofá, em cio. Na agonia de se engalfinharem por leite, por colo... quentes.
Miados molhados da
água da chuva. Molhados os Pelos e peles.
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