Depois de sonhar e ler uma carta
Ah! tendência infernal de ferir a ferro e fogo;
como um punhal, luas e noites cheias de furor e frio.
Ah! tendência mortal de ser mortal e querer a
morte em tudo na vida – horas, poros, povos...
Inferno é meu sobrenome soado ao ouvido,
deprimido como um comprimido dissolvendo-se ebulíco.
Infernal maldito, amante, lúdico, infame,
saudosista das pernoites.
E quem andar comigo em carinho irá adoecer,
pois carregar um câncer externo pode ferir-vos, todas), por dentro. Um tumor
que caminha e mente, faz o mal sem desculpas. Não só aloja-se ao lado
enegrecendo o futuro, mas domina o peito e se parasita como uma pulga num cão,
fazendo vos febrias, sofridas e amargas; loucas, sem rumo, sem colo e chão; sem
acreditar mais no amor, sem sofrer pela dor, nas águas do fundo sem poço.
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